sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Último
este é o último post deste blog. A partir de agora, publico em http://essacabecasaibaqueelapodeexplodir.wordpress.com/
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Um cartão postal para Dudu
eu quase te telefonei
pra contar
o que vi
quando olhei
no céu do meio-fio
em meio a triste natureza
nunca vista antes flor
de beleza
flagrante de amor
na dureza cruel
da sombra dos outdoors
pra contar
o que vi
quando olhei
no céu do meio-fio
em meio a triste natureza
nunca vista antes flor
de beleza
flagrante de amor
na dureza cruel
da sombra dos outdoors
domingo, 2 de janeiro de 2011
Eva heterodoxa
Rompi mil vezes a casca.
Testemunho minha própria tortura de fora, bolino-me com dedos alheios, desarticulo freios, correm por mim rios de sangue mais-que-vermelho,
e eu, hemorragicamente, derramo sexo na atmosfera azul-atroz.
Testemunho minha própria tortura de fora, bolino-me com dedos alheios, desarticulo freios, correm por mim rios de sangue mais-que-vermelho,
e eu, hemorragicamente, derramo sexo na atmosfera azul-atroz.
Puro açúcar branco e blue. Sílvia branca. Charmeur volante... Um tea for two total... Deitado com Ana, Cristina e César. Recebo e dôo. Pressinto e póssinto. Sigo sentindo. Um que lambe as narinas. Chove branco como neve. Num quarto de falso frio. Num motel de médio orçamento. Bomba por sobre meu tórax deitado num chão de cimento. That's what I say: cocaína é melhor do que sexo!
Ópera-thriller
[a iminência de nada me assusta]
um gato vadio que geme
um cão preso que late
pés que arrastam.../ grilos, galos
gritos
eu faço do meu cigarro uma ópera thriller
inscrita na rua
no portão da minha casa
na madrugada
um gato vadio que geme
um cão preso que late
pés que arrastam.../ grilos, galos
gritos
eu faço do meu cigarro uma ópera thriller
inscrita na rua
no portão da minha casa
na madrugada
Retratos em formol para a posteridade
[esta escrota zombaria minha
o caos mal-estampado na fotografia]
simula o seio, simula o corte,
simula a lua, e este apartamento,
o suco aguado,
este pedaço de pão dormido,
simula a chuva, o vento,
a puta como quem me deito,
a mãe pra quem me queixo/ da vida,
simula a pista, o freio,
o bonito, o magro, o feio,
o motivo por que sou algemado
esta poesia que nós fazemos...
nós aqui não morremos,
somos assimilados.
o caos mal-estampado na fotografia]
simula o seio, simula o corte,
simula a lua, e este apartamento,
o suco aguado,
este pedaço de pão dormido,
simula a chuva, o vento,
a puta como quem me deito,
a mãe pra quem me queixo/ da vida,
simula a pista, o freio,
o bonito, o magro, o feio,
o motivo por que sou algemado
esta poesia que nós fazemos...
nós aqui não morremos,
somos assimilados.
Assinar:
Postagens (Atom)