domingo, 29 de março de 2009

Destilada Solidão

Outro dia um velho amigo encontrou-me no salão
Disse-me que eu estava demasiado bêbado
Suplicou que eu fosse embora
Disse me querer privar de confusão
Eu - pouco levando em consideração -
Voltei-me para os casais apaixonados
Rodopiando levemente no tablado
De repente, fui ao chão
Num fluir inconsciente
quase impertinente
perguntei para o garçom
Se o que ele me servia
era vodca ou melancolia
Perguntei-lhe - meio ébrio, meio não -
Se a minha embriaguez
Tinha se dado sem razão
Se o que me derrubara fora cachaça
ou dose nevrálgica de destilada solidão


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